AS PEDRAS DA MINHA CALÇADA
Respirei fundo,
Fechei os olhos com força,
Olhei dentro de mim.
Precisava meditar!
Assim fiz, porque,
Algo bem dentro
Me pedia par'andar...
Eram as pedras da minha calçada!
Sobre elas caminhei devagarinho,
Já de olhos abertos para as admirar,
Lentamente, com amor e cautela,
Não as queria magoar!
Muito belas, mas sofridas,
As pedras da calçada!
Quando pesadas passadas
As deixavam doridas|
Só as passadas leves
De crianças puras.
As calcavam alegres
Com suas diabruras|
Sentei-me e olhei-as com ternura!
Belas as pedrinhas quadradas
Ou arredondadas, de leve vegetação
Rodeadas, para lhes darem frescura!