O Sol
O sol invadiu-me a noite
Meia-noite
No alge da minha escuridão
Rasgou as trevas como se não me pertencesse
Preencheu as aberturas das que virão
Ordenou aos pés que levantacem
Mas com calma e carinho
Pediu-me que caminhace
Este dia me fez louco
Alegre, contente
Um bobo sorridente.
Naquele momento o sol
Convidando-me a alegria de viver
Sem muito pensar fui consumido
O sol com força bruta surpriendeu-me
De graça jogou-me em luz
Disse ao sol
''Estou pulante
Todo meu corpo reluz
E dessa luz não sou amante.''
Mesmo na luz lembrei-me da noite
Pensei naquele que me fez maldade
''Sol, a noite ainda me traz saudade.''
O sol se mantia em minha noite
Em uma noite diurna
Ordenei ao sol
''Saia! Deixe-me com minha noite
Quero outra vez ver as estrelas brilhando''
E o sol replicou
''Deixo-te faze seus momentos de tristesa
Não sabe o mal que causou.
Saio por que queres
Volto se quiseres''
Deixou-me o sol
Seria pra sempre
Seria o ultimo entardecer
Estaria outra vez carente
Estava frio
Meu coração vazio
Em um subto calor me veio à mente
Reconfortante quase à me abraçar
Um calor bem quente
Chegou a noite pensei no sol
Chamei-o a mim
Para minha surpresa voltou
Disse prontamente
''Cá estou!''
Deixou meu coração quente
Saiu por mais que doa
Se fez ausente, se fez presente
Logo, o meu sol é uma coisa boa