INVASÃO

Correm os meus olhos na sombra, perdidos de um.

Tão cedo saiu o desejo interior daquele menino cru,

Que se apossou de mim assim mesmo, me enganando...

Tateio a pele, arrepio...

Cheiro de carne dôce!

Vozes..., sussurros...,

Força que avança sem medo,

Que a língua toca sem respeito,

Invadindo a linda forma.

Sentimos as horas,

Juntos no ar e no gosto...

Sabemos do passado dia e da noite de agora.

Em embaralhados olhares, gemidos...,

Vemos a beira do telhado, o muro...

Testemunhas da luz acesa lá fora de qualquer coisa...

Entro e pouso-lhe levemente o meu sexo em fina dor,

Qual a consumação procura no perdão de si mesma...

Invadindo-o...

Agora é a calma que lateja..., risos brotam dele enfim e de mim...

Correm os nossos olhos (sem culpas) perdidos na sombra de dois.

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Setedados
Enviado por Setedados em 16/05/2011
Código do texto: T2973581
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