Adoro, quando minha mente distancia-se do tempo.
Entra em uma espécie de universo paralelo,
De tão intenso...
De tão denso!
Como se guiado pelo sublime som de um cello,
Ao fundo, mas presente!
Quente...
Rente!
Como um expandido repente...
Induzindo ao foco,
Ao mesmo tempo, em que oferece o colo!

Tudo à volta, desaparece...
A razão arrefece!
A percepção floresce
E a sensibilidade... essa amanhece!
Leva-me ao âmago,
Com seu cântaro
De partituras...
Todas de ternura!
É quando o suspiro passa a ser inevitável
E o prazer inolvidável!

O palco mais que perfeito,
O convidativo leito,
Para a Vossa Excelência – a Inspiração!
Infiltrada até na respiração...
Senhora absoluta de minha vida!
A flor mais linda!
O fio condutor
Do meu ardor!
Razão de minha existência!
Fonte única de toda a resiliência!

Sem ela, nada sou!
Ocaso, estou!
Não há brilho!
Perco o trilho!
Não quero nem pensar,
Para não atrair
Esse ruir!
Prefiro agradecer
E continuar.
Tenho muito que escrever!

Ato esse, que acontece, exatamente,
Quando entro nesse lapso,
Nesse etéreo compasso!
Algo que se dá, musicalmente...
Minha Senhora faz-se presente.
Eu, muito subserviente,
Permaneço quieto, à sua disposição.
Até que Ela me invada o coração...
E me teletransporte para outra dimensão,
Onde já não existem fronteiras entre a razão e a emoção!









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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 15/05/2011
Código do texto: T2970951