Nossa! Hoje vai chover.
Nossa! Hoje vai chover.
Sabe o por quê? Vou escrever sobre felicidade.
Sinto-me feliz, sei lá porquê.
Olho meu bolso, continua o mesmo: sem um centavo.
Mas sei lá... Sinto-me bem.
Aliás, sempre fui um feliz triste.
Que contraditório!
Mas, então, nem sei expressar a felicidade,
Pois, sou um crítico da infelicidade.
Estou com vontade de gritar.
Estou vontade de gritar.
Quero a maior agitação.
Quem sabe dar uma festa na minha casa.
Quero a famosa buga buga.
Quero pular na piscina.
Quero várias mulheres que me facinam.
Quero dar o maior purgatório.
Quero que seja a festa do ano.
Estou feliz! Garçom, traz vodka e whisky para todos.
É por minha conta.
Só não vou pagar a pensão.
Pois sexo é só com camisola.
Talvez role, mas, na tal felicidade que sinto, misturo putaria com a tal da empolgação.
Estou empolgado! Minha vontade é de sair correndo pelado.
Sinto-me livre. Parece que o céu me viu depois de tanto reclamar.
Senti o mar se afastar.
Não preciso mais pular as ondas.
Não existe mais perigo, talvez, em me afogar.
Estou no êxtase. Coloca o som:
Quero dançar sem parar.
Movimento-me, levanto os braços.
Ah, como é bom sentir-se um pássaro solto.
A liberdade não tem preço.
Sinto-me livre. Minha mente sente-se livre na expressão de tal alegria.
O canário da terra esta livre da gaiola.
Vou voar sem limites, num voo rasante.
Ah, tenho que comemorar esse dia,
É como se fosse o dia da abolição da escravatura.
Eu me sentia um escravo condenado a trabalhar num espaço sem movimentação.
Agora, estou dando a festa. Olhe as meninas: elas me olham.
É hoje que gozo com a vida.
Sentia-me como um Michael Jackson.
Não, não. Não curto as criancinhas.
Mas eu dava o “moonwalk” que seria para trás.
Era como minha vida: sentia-a dando passos suaves para trás,
Mas agora sinto-me diferente. Dou aquele passo em que o Michael Jackson dá aquela inclinada para frente e puxa o saco... Auu.
Sinta o poder do pau.
Eu mato a cobra e mostro o tal do pau.
Danço sem parar,
Nem tem pausa.
Hoje sim é meu dia!