SORTE

De: Ysolda Cabral

 

 

Alma chora...

Desencantada implora:

Tristeza vá embora!

 

Reza Ave-Maria,

Reza Pai-Nosso,

Por horas e horas...

 

E a tristeza, assola, desola,

Alastra-se feito peste,

- O terreno é fértil -

Não há vacina que cesse...

 

Alma pede clemência,

Recomenda-se demência...

 

Em alerta o coração acelera,

Bate forte no peito,

Buscando ordem,

Mas acontece o desfecho:

Seria a morte?

 

Não!

Era apenas um pesadelo.

- Ai, que sorte!