A poesia, entra em minha alma,
feito canção ouvida ao pé do berimbau.
E no peito explode um grito.
Como aquele que a alma solta,na explosão de um aú.

Ô ,á .Ô á ê!
Quero ver bater,quero ver cair...
E nesse tom,bate meu coração negro.
Dentro de um peito mestiço.

Meu coração é liberto.
Mas com um preço a pagar.
Não estou livre de preconceitos,mesmo tendo,a pele clara morena...
E na batida do atabaque.
Eu trago meus ancestrais.

E esse grito!
Esse não tem jeito !
"Liberdade"!!!

Não sei se sou branca ou negra.
Também não sei se sou poeta.
Só sei que minha alma é livre.
E grita!
Paranauê,paranauê.Paranauê paraná!...
 


Ana Maria Cristina
Enviado por Ana Maria Cristina em 01/05/2011
Reeditado em 04/05/2011
Código do texto: T2941793
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