Reforma...

Luto contra uma rocha

Assim como o vento me move agora

Olho o dia cair bem devagar

Sou um poeta que escreve no mar

Só passo um passo para a noite esperar

Canto agora a minha sina

Ela se confunde com o amor de minha rima

Que diz o que quero e não consigo dizer

Só não falo que te amo,

Pois a minha vida essa escrevo para você

Já deixei o meu sol encobrir sua vida

Não espero mais nada

Hoje o vento que bate em meu corpo minha Régua de Maria

Que reproduz o que não sentimos

Pois somos filhos de um mesmo partido

Que votam para o amanhã chorar

Já deixei muitas ilhas na minha partida

Só descubro o que se foi sem ter ida

Quando paro e não consigo esperar

Refaço o meu tempo no sul

Meu presente escrevo no amor

Só quero que saiba que minha dor

È o que deixei na ponta desse papel

Sem nunca ter saído desse céu

Que poetas escrevem com tinta de mel...