SETE TERCETOS PROCURAM O GOSTO DO AÇÚCAR
I.
De Sultão ou Sherazade
Não que deles discorde
(Agora já é meio que tarde)
II.
Que até acordei sem bode
Do porre de vinho do padre
Não que de padre me recorde...
III.
Nem é mais o velho mote podre...
O que nessa manhã me infesta
É festa: néctar d’uma fábula agridoce
IV.
De alegria, quanta febre
Me toma os olhos de pecha
E me leva na desconversa...
V.
Uma mão meio mole queda
Sobre as cordas da rede
E, amorosa, me desbalança...
VI.
Nem o menor relance
Do eu rançoso de ontem
Exame de "nada consta”
VII.
Uma bela estória me acometa
Noite milésima e primeira
: Ser de glória; ser de dança...