LIBERTAÇÃO
De novo a diáfana leveza
o peito arfante aberto à natureza
liberto das grilhetas do amor
o pensamento claro e fluido, fresco
transparente e receptivo
vogando ao sabor da correnteza
Da turvação dos olhos te arranquei
da mente nublada exterminei
tumor libidinoso e perverso
nascido de veneno de flor
Da radiografia imaginada
sobrou agora a foto, frente e verso,
que não valeu o flash de uma hora…
E a moldura, essa, gasta e deformada
de sonho e poesia mascarada
com dedos de indiferença joguei fora!
(In 1ª Antologia Poética do Grupo Ecos da Poesia, ed. Abrali, lançada em S.Paulo-Brasil, em 2 de Abril/2005)