LIBERTAÇÃO

De novo a diáfana leveza

o peito arfante aberto à natureza

liberto das grilhetas do amor

o pensamento claro e fluido, fresco

transparente e receptivo

vogando ao sabor da correnteza

Da turvação dos olhos te arranquei

da mente nublada exterminei

tumor libidinoso e perverso

nascido de veneno de flor

Da radiografia imaginada

sobrou agora a foto, frente e verso,

que não valeu o flash de uma hora…

E a moldura, essa, gasta e deformada

de sonho e poesia mascarada

com dedos de indiferença joguei fora!

(In 1ª Antologia Poética do Grupo Ecos da Poesia, ed. Abrali, lançada em S.Paulo-Brasil, em 2 de Abril/2005)

Carmo Vasconcelos
Enviado por Carmo Vasconcelos em 29/06/2005
Código do texto: T29092
Classificação de conteúdo: seguro