Hoje vou falar de estrelas...
Hoje vou falar de céu
Do olhar no infinito
Da escuridão feito véu
Estendida por predito.
Coalhada de estrelinha
Antagônica ao aflito
Torpor de uma desdita
Que se fez em contradito.
Num sorriso em que admito
Estar leve, sem reserva
E nada mais me enerva
Dou mergulho de cabeça
Nessa paz que me arremessa
Pelo espaço sideral...
Sigo calma pelo aval
Do mistério em maravilha
Que se fez, por fim, a trilha
Num caudal de alegria...
Trilha mágica que avia
Sem qualquer alegoria
A minha felicidade.
Sentimento, na verdade
Que nos toma pela mão
Faz seguir na contramão
De um beco sem saida.
Perdida na imensidão
Do que os olhos possam ver
Sensação a me envolver
É do bem que eu necessito.