Pout-Pourri - Fases do amor em versos rimados
(Sócrates Di Lima)
Em meados da minha plantação,
Arei minha terra e a fertilizei,
Semeei-a com sementes do coração,
Com a seiva do amor minha terra sulquei.
Plantei um roseiral de amor,
Um campo de girassóis de ternura,
Um belo pomar de fruta e cor,
Um canavial de saudades nessa cultura.
Cultivei tantos desejos,
Que frutificaram em beijos,
Carinhos extravagantes,
No coração do poeta em vontades gigantes.
Mas a conquista não se fez de atos planejados,
Nem por acaso, tão pouco só de flores,
Muitos espinhos tiveram que ser arrancados,
Mortos no peito, outros amores.
Tantas idas e vindas em desconforto,
Que por pouco, o amor não se perdeu de repente,
E hoje, depois de vôos sem porto,
Recomposto o amor se fez resistente.
É essa a glória,
De ter empunhado a bandeira desse sentimento,
E até agora, alcançado a vitória,
Os corações unidos no fortalecimento.
E como é bom cantar o amor assim,
Gritar aos quatro cantos a beleza desse viver,
Em poesias ou canções de ninar, nascidas de mim,
Posso sorrir com Basilissa e o que mais posso querer.
O ontem, o hoje e o agora,
Já é vitorioso o sentimento dela e aqui,
Decifrado, edificado, não vai embora,
E de tão doce, é cantado em versos, neste Pout-Pourri.