feridor, sou rei

escrevo o que não devo

e o que devo, pago

sou previsível como o sol

depois que a cigarra canta

trago o que não devo

e o que devo, apago

inconseqüente como o raio

que espeta o pé da giganta

olho pro horizonte de soslaio,

não quero ver os seus dentes

feridor, sou rei, marraio,

só bebo o meu aguardente

no banco de areia da praia,

aguardo a lua cheia

com seu beijo doce e quente...

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 09/04/2011
Código do texto: T2898480
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