Batatinha não nasceu

Batatinha não nasceu

Dormiu debaixo da terra

Por sobre o alto da serra

O sol não apareceu.

O que sobra enfim, sou eu

Só, com sopa de letrinhas

E estas ervas daninhas

E os braços de Morfeu.

Meu pensamento pipoca

Meu coração faz tumtum

E me sinto assim boboca

No foco desse seu zoom.

Quisera sumir agora

Pelo espaço sideral

Escafeder, ir embora

Dar o meu adeus final.

Mas sou toda teimosia

Superior é meu astral

Se não sobrar poesia

Sobra piada ao caudal.

E por fim, nem bem, nem mal

Pouquinho só de loucura

Sem qualquer valor venal

Gracejo e alguma diabrura.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 05/04/2011
Código do texto: T2890203