Batatinha não nasceu
Batatinha não nasceu
Dormiu debaixo da terra
Por sobre o alto da serra
O sol não apareceu.
O que sobra enfim, sou eu
Só, com sopa de letrinhas
E estas ervas daninhas
E os braços de Morfeu.
Meu pensamento pipoca
Meu coração faz tumtum
E me sinto assim boboca
No foco desse seu zoom.
Quisera sumir agora
Pelo espaço sideral
Escafeder, ir embora
Dar o meu adeus final.
Mas sou toda teimosia
Superior é meu astral
Se não sobrar poesia
Sobra piada ao caudal.
E por fim, nem bem, nem mal
Pouquinho só de loucura
Sem qualquer valor venal
Gracejo e alguma diabrura.