A CHOUPANA DO RIO

Recordando nossa palhoça tão bela
que reinava sobre o rio, era flutuante,
hoje, só encontrei o telhado dela,
toda destruída lá na frente, na vazante.

Era uma palhoça, ou era uma cabana?
fiz pra mim, essa pergunta um dia,
agora sei, que já não existe a choupana,
a água levou sem piedade, nossa moradia.

Já velhinha, não suportou a enchente,
acontecimento que á tempos previa,
mas o que minha alma mais sente,
foi a perca, do belo caderno de poesia.

Ainda bem que a água poupou nossa vida,
embora deixando a gente sem quase nada,
mas, muito breve, outra será construida,
a nova será, muito longe da enxurrada.

A enchente só levou nosso bem material,
mas em troca, aumentou nosso carinho.
Sabemos que não somos engenheiro naval,
mas com amor, construiremos um novo ninho.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 04/04/2011
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