ESPAÇOS VAGOS

Nos espaços vazios

ponho poesia.

Letras aladas, rimas distraídas

onde não há nada.

Dia chuvoso, tempo corrido

sustos, gritos.

No lugar desses

ponho melodia.

A alma não precisa estar atada ao chão

como uma casa que deseja outras paisagens

mas está destinada à prisão.

Minhas lembranças desejam viajar

levitar pelo céu de devaneios e maravilhas.

Que graça teria se a vida vivesse apenas de realidade?

Por isso ponho poesia

nos espaços vagos da vida.

Cyelle Carmem
Enviado por Cyelle Carmem em 31/03/2011
Código do texto: T2881358