CORAÇÃO DE POETA

Às vezes, sinto n’alma um calafrio,

Como uma brisa gélida vinda lá do rio,

E o meu coração quer chorar;

Noutras, sinto o por do sol, lá da praia,

Aquele sol que no horizonte desmaia,

E o meu coração quer cantar;

Às vezes, sinto uma canção lá no peito,

Toda cheia de amor... Não tem jeito,

E o meu coração quer dançar;

Noutras vezes, ele se entristece,

Então, ele se ajoelha e numa prece,

Pede por todos que está a amar;

Assim é este coração de poeta,

Sensível por tudo que o afeta,

Quer seja de tristeza ou de alegria,

Como criança a escrever na areia,

A criança deste peito não titubeia,

Lépida e feliz corre... E escreve poesia.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 29/03/2011
Reeditado em 29/03/2011
Código do texto: T2878271
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