Uma Vida


De sessenta e sete até
Hoje, são tantos anos
Vividos sem nenhum dano.

Houve anos de pouca fé,
Sem muito conhecimento,
Também sem discernimento
Que me fizeram dar ré
Mas, chupei um picolé;
Recolhi meus pobres panos,
Não chorei os desenganos.

Trabalhei com algum medo;
Talvez por isso errei tanto.
Em dois mil e onze canto
Canção linda, harmoniosa
Que me deixa muito prosa;
Recolho meus ricos panos
E não choro os desenganos.

Vou agora dedicar-me
A viver de rendimento;
Fazer muito alongamento
Respirar de peito aberto.
Passear a qualquer hora
Não serei mais professora
Jogo pra longe meus panos
E não choro os desenganos.

Quis chegar até os setenta;
Mas, mudaram meu plano,
Chega neto a cada ano.
Um mais lindo que o outro
É chegado o recomeço
Por mais isso eu agradeço
Vou juntando novos panos
Pois virão os desenganos!


MVA
Enviado por MVA em 19/03/2011
Reeditado em 19/03/2011
Código do texto: T2857094
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