A vida em forma pura

Respirei fundo, senti o ar fresco entrar nos meus pulmões

Meu corpo dançou ao sabor do vento, balançando a mente

Entre momentos de alegria, por estar ali, partilhar a beleza

Vi as montanhas, com suas arvores imponentes e suas copas

Onde milhares de passarinhos, fazem seus ninhos e seus lares

Vi o riacho que corre apressado, para ir de encontro ao mar

Quantos peixinhos nadavam pelo rio, entre pedras reluzentes

Refresquei meus pés e parte de minha alma, ali, no momento

Caminhei devagar, para a imensa pradaria, o verde imenso

As flores, margaridas amarelas, desapontado, abrindo levemente

Ao sabor do Sol, pequenas orquídeas selvagens, nascem na terra

O violeta era a cor predominante, a cor que acalentava meu coração

Tudo era digno de um pintor registrar na sua mais bela tela pintada

Nada cansada e ainda mais desperta, caminhei e dei com uma cascata

Como tudo era belo, intenso, profundo, o verde reluzindo na água

A água cristalina, deixando ver tudo que ali dentro vivia a vida pura!

Via plantas serem regadas pela água que parecia cristais e suas cores

As cores do arco-íris, que agradecia ao Sol sua visita e a luz do momento.

A noite chegava, eu já estava bem junto ao mar, o mar imenso e misterioso

Caminhei e brinquei na areia, deixando meus pés descansarem e se molhar

Sentei-me numa bela rocha, fiquei a observar o mar, as estrelas que desciam

Querendo beijar a água e as sereias que estavam em belos cantos de amor

A Lua estava vaidosa, querendo namorar os homens do mar, os marinheiros

Que navegam a procura do amor, a procura da magia e da imensidão das noites

Entre os gritos dos golfinhos, as gaivotas gritam ao mar, resgatando a comida

E eu ali, ali sentada, naquela rocha, que muitos diriam que não tinha vida

Mas tinha sim, tanta vida, tanto amor, que a água a refrescava gentilmente

Para seus crustáceos não morrerem de sede, senti uma mordida no pé

Uma leve pontada, eu olhei e um pequeno caranguejo curioso e zangado

Por estar a invadir sua praia seu espaço, sorri e pedi desculpa, olhei para o céu

Naquele momento a mais bela estrela cadente, quis me presentear em um desejo

Deixei uma lágrima de contentamento fugir em meu rosto, apenas pedi a paz.

Betimartins
Enviado por Betimartins em 07/03/2011
Código do texto: T2834329
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