SAUDADE MOLHADA

(Onorato Sòcrates Di Lima)

Há no tempo uma sensação estranha,

A chuva deixa o dia entristecido,

Parece que o coração fica na manha,

Querendo dengo, querendo ser percebido.

A alma silenciosa parece reservada,

Mas o corpo sente a falta,

De um toque da mulher amada,

Que da saudade se farta.

O tempo passa,

E o silêncio grita,

O coração disfarça,

A saudade agita.

Não é lamento,

Pois, quem amou não se lamenta,

Só o tempo faz o passamento,

Que a saudade ainda sustenta.

E a chuva la fora faz a recaída,

Quando pingos dela tocam à janela,

Traz a brisa fria e calada,

Lembrança da despedida,

Que os olhos guardam dela,

Nesta minha saudade fria e molhada.

(Escritório de Jardinópolis-SP)

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 03/03/2011
Reeditado em 03/03/2011
Código do texto: T2826314
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