A liberdade é séria
A liberdade chegou discreta e sutil
Quase não deu sinal
Por pouco não correspondeu às expectativas
Com sua mania casual de parecer preventiva
Não usou suas fichas
Apenas mostrou que havia cartas na manga
Para que se soubesse da sua força
Que a qualquer instante arrancaria a tampa
Ela foi estabelecendo as diferenças
Envolvendo nas suas teias universais
Muito mais complexa do que se pensa
Quando se deseja sem saber um pouco mais
Ela ainda não é doce nem sei se vai ser
A liberdade sua, bebe e come seus miolos vivos
O terreno para explorar e conhecer
É mais curto e estreito se não se for contido
Plena ela é utopia
Concepção ingênua, miragem, magia
Porém necessária assim: como alvo, objetivo
Como vela ao mar de um barco invisível