É CHEGADA A HORA

(Sócrates Di Lima)

É chegada a hora,

O passado foi embora,

Mesmo que vivo esteja agora,

Rasgo a página, deixo a tristeza do lado de fora.

Abre-se ante o olhar meu,

Um horizonte de poesia,

Que me resgatou e um novo tempo me prometeu,

Não posso me perder, nem redesenhar a fantasia.

Quero pintar o céu com mil cores,

E ver o olhar encontrado em meio a lucidez,

Procurando a luz do caminho das flores,

Onde o meu olhar vagante escapa da estupidez.

Reescrevo minhas páginas com amor,

Os aborrecimentos eu detono,

No baú eu guardo o que vivi de melhor,

O passado abandono.

E que Deus me valha,

Me abra a estrada e não me bloqueia,

Para que minha alma nela se espalha,

Percorrendo os sonhos que na poesia se leia.

E que maravilha,

Sentir o coração se abrir,

Fugir do passado, deixar que ela fervilha,

Na doçura de querer existir.

E que venha o que tiver que vir,

No olhar de uma estrela solitária,

Acalentar meu novo porvir,

Me tirar dessa inquietude ordinária.

Fica então meu coração em paz,

O que me entristece vai embora,

Não posso e nem quero olhar para traz,

Enfim, me reencontrar, é chegada a hora.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 26/02/2011
Reeditado em 28/02/2011
Código do texto: T2815387
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