COMO NOVELO DE LINHA,

Como um novelo de linha,

Meus olhos se desfia além-olhar,

É a vontade minha,

De continuar sorrindo a caminhar,

Um caminho de fantasia,

Que meu coração busca,

No olhar da lua que me vigia,

Para que meu brilho não se ofusca.

E que alegria vejo o Sol,

Com que alegria as estrelas eu curto,

Que alegria no riso do girassol,

Que no meu jardim presto culto.

Um culto de louvor a natureza,

Que ante meus olhos me viciam,

Não vejo outra beleza,

Mesmo que no escuro criam.

Um momento de êxtase profundo,

Deixar as coisas do coração no baú dos sentimentos sagrados,

Como as palavras não ditas pelo mundo,

Como o mar guarda seus tesouros sbem guardados.

O amor em si sempre vai existir,

E, não passa de uma carência infinita,

Com ela o desejo louco que o corpo faz sentir,

Uma paixão viciosa que na alma grita.

E quando vem seu tempo finito,

Brotam dores de saudades mortas,

Que se transforma em grito,

Nos poemas toscos, nos versos de poesias tortas.

Então levanto os olhos para me ver além,

Sem o olhar da Lua que faz a sensibilidade do amor,

Onde a vida cria todos os dias novos desejos também,

Que na mistura com a paixão e faz para o amor seu maior favor.

Seguindo a direção do Sol,

Minha alma caminha,

Desde o primeiro arrebol,

Na longa estrada, como um novelo de linha.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 24/02/2011
Reeditado em 25/02/2011
Código do texto: T2812920
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