O PANAPANÁ

Vicejam as verdes campinas

Sopra uma brisa morna e suave

Há umidade e emana calor do solo

Acontece o panapaná

São borboletas de todos os tipos

É lindo de se ver!

Elas são multicores

Milhares delas, mais até...

Chegam a se baterem umas nas outras

Fazem sempre a mesma migração

Muitas morrem pelo caminho

Muitas outras são devoradas por pássaros

Há as que ficam por vontade própria

Voam, voam e voam...

E pousam nas folhas, nas pétalas...

Pequenas com brilho de diamantes

Médias, e quase triangulares

Grandes, e talvez redondas

Todas têm formato de coração

Afastam-se voando em forma de leque

Novamente se agrupam no chão

Batem as asas como um suspiro do pulmão

Na verdade não faz som algum

Porém voejam ao ritmo de uma sinfonia

E pensar que foram lagartas

Em casulos ásperos

De formatos cilíndricos e anelados

Balofos e pegajosos

O que vale é o produto final

Após a metamorfose

Lindíssimas borboletas!

(abril/1986)

Aleixenko
Enviado por Aleixenko em 22/02/2011
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