Se minha fosse a tua liberdade, senhora

Os grilhões do teu coração rompiam-se agora

E desta vida de mutante iria te alforriar...

E as manhãs seriam constantes ao sol raiar...

Se o teu sol pudesse um dia eu vir a ser

Pelas frestas das janelas atravessaria

E com certa ousadia deitar-me-ia sobre teu leito

Aquecendo o que restou de uma madrugada fria...

Cobrir-te-ia com o meu calor com todo respeito...

Pernas se retorcem erguem-se braços, letargia

Leve sorriso e o brilho do olhar a tudo conceder....

O frenesi de um novo desfraldar do amanhecer...

Assim, o vento frio da saudade bateria na vidraça...

E nunca mais seria o pesadelo do teu despertar

Teus inconstantes constantes eu teria resolvido

O teu céu, antes manto gris, de azul seria colorido...

Caçaria nuvens, dos teus dias serei eu guardião...

Mesmo sabendo que te amar seria viver de uma ilusão...

E que jamais teria os lábios teus colados aos meus...

Utopia!!!!! É a poesia sem curtir a cavalgada...

Assim reflita!!!!

E faça dos sonhos meus, os teus......

Rio  das  Ostras

20 de Fevereiro de 2011 22:30 hs