Na tua casa
E parecia não ser real
O tempo dado à paciência
A correria do dia-a-dia
Naquele último instante
Do teu, caloroso chamado
E finalmente, ali estava
Na tua porta, Na tua casa
Com elegância e simpatia
Me recebes-te, que alegria
Estava tudo.. enfim, em harmonia.
E só depois, do nosso aconchego
Do verde-mate, virgem.. do teu sabonete
Ao som de João Gilberto e do Tom Jobim
E a meia luz, Tú que me conduz
E aos quatro cantos, segue me guiando
A cada cômodo, que são percorridos
Mostra-me os detalhes e os teus segredos
De cada parede, daquele piso gelado
E os móveis, versáteis.. sendo deslocados.
Ainda sinto aqui no peito
Os batimentos dos corações
Acelerados pela emoção
Ação, de cada momento
Inesquecível, intocável.. permanecerá
E o vento frio, do sétimo andar
Porque, é nas alturas.. que é tão bom te amar
E chega a madrugada, sem nos avisar
Peço o teu perdão, aqui.. mais uma vez
Compreenda então, é hora de partir
Mas faça-me um favor, deixe sempre a porta aberta.. minha flor.
PJ
14/07/10