Retrato

Sou indomável como o vento

não me afleimo por pouca coisa

Nem a dor me acrava

quando a luta chega

Sou guerreira,desornada de vaidades fúteis

Sou amiga quando devo ser

Sou redemoinho quando preciso agir

Sou abrigo quando preciso consolar

Nem por isso deixo de sonhar

Amo o belo de todas as coisas

Sempre me deixei amar

Posso ser a linfa no regato manso

A flor no abismo,frágil e singela

Solitária ave em compassado vôo

Posso ser orvalho molhando teu rosto

na manhã que abrolha

Eu sou guerreira

mas sou mulher.

Olga Silveira
Enviado por Olga Silveira em 02/02/2011
Código do texto: T2767974