Retrato
Sou indomável como o vento
não me afleimo por pouca coisa
Nem a dor me acrava
quando a luta chega
Sou guerreira,desornada de vaidades fúteis
Sou amiga quando devo ser
Sou redemoinho quando preciso agir
Sou abrigo quando preciso consolar
Nem por isso deixo de sonhar
Amo o belo de todas as coisas
Sempre me deixei amar
Posso ser a linfa no regato manso
A flor no abismo,frágil e singela
Solitária ave em compassado vôo
Posso ser orvalho molhando teu rosto
na manhã que abrolha
Eu sou guerreira
mas sou mulher.