Casa Caiada de Branco

Quero entrar em uma casinha toda caiada de branco,

Quando a minha alma assustada sentir o chegar do

pranto.

Nas casas caiadas de branco, bem sei que mora,

Gente simples, amiga e hospitaleira.

Estenderão-me os braços, entenderão meus fracassos,

Indicarão o cantinho a água fresca, para matar

Minha sede.

Nas casas caiadas de branco tem banquinhos de madeira,

Uma mesa acolhedora e cadeiras para sentar.

O cesto de pão fresquinho e o café feito na hora que

vem do fogão de lenha.

As pessoas desta casa demonstram calor e harmonia.

Mal chego puxam as cadeiras, vamos todos conversar.

Das casas caiadas de branco, nas tardes ao soar dos sinos

Se ouve a Ave Maria.

As pessoas fervorosas entoam as rezas em coro, para

saudar a rainha.

Assim que a noite chega acedem os candeeiro.

Saem todos no terreiro, é hora de prosear.

Uma viola ponteada toda noite faz a seresta.

A lua espreguiça sorrindo para banhar a festa.

Minha alma fica feliz na casa caiada de branco,

Onde encontrou guarida no meio de gente amiga.

Admira o momento sob um manto de estrelas.

Meu coração acolhido não se recorda do pranto.

. Encontrou a amizade, amor e felicidade,

No meio de gente simples solidária de verdade.

Numa casinha bucólica toda caiada de branco.

(Ana Stoppa)

Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 01/02/2011
Reeditado em 09/02/2011
Código do texto: T2766226
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.