UMA TARDE
Todos os melindres
Essa vertigem
O tédio
O vácuo daquilo
Que não devia ser silêncio
Uns olhos verdes
Um nariz levemente adunco
Uma voz grave
Fixando o limite
Daquilo que é desejo e espanto
Um coração que pulsa
Diante da tua beleza
Resta uma tarde
E todas as outras tardes
Que eu ainda terei
Para ficar extasiado
Diante de ti.