O CAMPONÊS.
O CAMPONÊS.
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Num barraco de zinco
No sopé de uma serra
Um camponês de guerra
Vivia ele e mais cinco.
Sua companheira Maria,
João, José, Tonho e Luzia.
Do seu viver a razão
Os amavam ardentemente
Igual a aquele pedaço de chão
De onde conseqüentemente
Conseguia a alimentação.
Mas aquele camponês
De enormes calos nas mãos
Que só duas camisas possuía
E que de ano em ano as vestia
Para acompanhar a procissão.
Tinha um que de diferente
Que despertava em toda gente
Uma grande admiração.
É que ninguém nunca o viu
Triste, melancólico, sombrio,
Nem com ódio no coração.
E sim, sempre alegre brejeiro,
Um perfeito bonachão
Que cantava o dia inteiro
Trabalhando aquele chão.
Sempre de sorriso no rosto
Tratava a todos com muito gosto
E os chamavam de irmãos.
Aquele camponês sofrido
Nunca se deixou abater
Pelas intempéries da vida
E muito agradecido por viver
Vivia feliz e com simplicidade.
Um grande exemplo de humildade
Não só para mim, como também para você.
Dante Barbosa.