O CANTAR DAS COTOVIAS

To acordando muito cedo
Com os cornos meio azedo
E com o estômago embrulhado
Com certeza
Foi da daquela cerveja
E do jantar mui reforçado

Ainda nem bem clareou
E a previsão notificou
Que hoje vai ser de lascar
Passa longe dos trinta
A não ser que o instituto minta
O tempo pode até desabar

Bem em fim mais um dia
Nesta triste agonia
Da cruel solidão
Mas não há de ser nada
Uma mudança anunciada
Pra uma melhor situação

As águas vão rolar da ribanceira
E no borbulhar da cachoeira
Nascerão novas energias
Novos sussurros de amores
E os campos se encherão de flores
Ecoarão o cantar das cotovias


Escrito as 06:56 hrs., de 18/01/2011 por

Vainer de AVILA
Enviado por Vainer de AVILA em 18/01/2011
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