VIDINHA SIMPLES
Ah, que bem me faz...
Água purinha vinda lá do ribeirão
A lenha seca crepitando na fornalha
Cheiro de sopa bem quentinha no fogão...
Hum... Que paz me dá...
A roupa limpa pendurada no varal
Pé de chuchu subindo torto pela cerca
O cão latindo no meio do milharal
Ah, que bom olhar...
Couve verdinha, cebolinha bem regada
Pé de tomate amarrado ao bambu
Cheiro de horta vindo da terra molhada
Hum...Quanto aconchego...
Rádio tocando Caipira na cozinha
Roseira branca balançando ao pé da porta
Brisa soprando pela casa inteirinha
Ah, tão bom saber...
Da fumacinha a sair da chaminé
O sol se pondo lá detrás daquele monte
Tarde caindo com cheirinho de café...
Viver a vida e buscar o que é singelo
Simplicidade, a felicidade traz
Vidinha boa essa minha aqui na roça
Eu sou do mato... Aqui das Minas Gerais...
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(Recebido por e-mail da minha querida Milla Pereira. Obrigada Milla, pelo carinho tão bonito!)
À Marina Alves,
para sua
“Vidinha simples”
Ai, quanta saudade...
Do mato verde
Crescendo no meu quintal.
Das escapadas
No meio do milharal
Da luz da lua
Que era clara, de verdade!
Ai, quanta lembrança...
Dói em meu peito
Quando me lembro da roça
Da chuvarada
Molhando nossa palhoça
E o meu pai
Que não perdia a esperança...
Ai, saudade louca...
Do milho verde
Que em meu quintal, crescia,
Quanto carinho
Com que minha mãe fazia
As pamonhas...
Que até me dá água na boca!
Ai, meu Deus, jamais!
Aquela vida
Pra trás eu deixaria
Vidinha simples
Mas quanto bem me fazia
Em minha infância
Em terras de Minas Gerais!
(Milla Pereira)
(Com todo meu carinho!)