Se eu não tivesse me embrenhado,
Não tivesse descido aos meus porões,
Não tivesse registrado todos os meus alçapões,
Não tivesse me questionado
E, ao mundo,
Estaria agora, com certeza, desacordado,
De tanta humilhação,
De tanta provação,
De tanta contrariedade,
De tanta perplexidade!
Espanta-me a humana inconsistência,
A ignorância,
A cegueira,
A fatal atração pela ribanceira...
A arrogância,
A demência...
A desoladora capacidade de se enganar,
De se mutilar,
E ao irmão!
A escola da manipulação
E a sua trágica ilusão!
A capacidade de traição....
Ainda sinto os tentáculos do gado,
Tentando impedir minha passagem,
Querendo sabotar minha viagem...
Se eu estivesse um pouco menos preparado,
Já teria desistido
E, para sempre, me diminuído!
A pressão é tão forte,
Que só mesmo, me agarrando ao Norte!
Consultando-me com a morte
E, contando sim, com muita sorte!
O jogo é confuso...
E os jogadores desconhecem escrúpulos.
O fato de ter sobrevivido,
Não chega a me deixar vaidosamente convencido,
Mas, nunca me respeitei tanto...
Valeu todo o pranto,
Ainda que oceânico!
Agradeço aos inenarráveis poderes mântricos...
Agradeço aos que me possibilitaram o conhecimento,
Para eu elaborar o meu fundamento.
Apostei na minha holística constituição,
Para começar a ampliar a visão.
Hoje, a imagem que tenho da vida,
É, exuberantemente, lírica!
Ética,
Poética!
Encorajadora,
Simplesmente, encantadora!
Vídeo indicado:
http://www.youtube.com/watch?v=2sygnsYGgSU&feature=related