Quando o homem repentinamente se deparou com o menino,
Soaram-lhe todos os internos sinos...
Depois de tanto tempo,
Ainda reconheceu o familiar argumento.

Ficou quieto, parado
Calado...
Um longo tempo
Saboreando o vento
Do reconhecimento
E do enternecimento!

Não sabia ao certo, o que fazer,
Como proceder!
O impacto foi avassalador,
Transmutador!
Um marco!
Um novo jeito de esticar o velho arco.

A primeira reação foi escondê-lo,
Até para protegê-lo!
Precisava entender o significado
Desse controvertido fato!
Sentia que era tremendamente importante.
Precisava avaliar o montante!

O menino pairava numa aura bastante coerente.
Demonstrava-se seguramente eloquente.
Falava sem parar.
Desandava a apontar
Tudo que encontrava de torto,
Enquanto levava as mãozinhas ao rosto...

O discurso era rigorosamente o mesmo,
Que ficou como pano de fundo no adulto enredo.
Talvez, o devoto exercício,
Do abençoado ofício,
Tenha-o buscado,
Para oficializá-lo!

Mas, havia algo diferente!
Tudo estava muito mais convergente
Àquela compreensão do mundo,
O menino falava do mais profundo...
Agora o homem não tinha mais como retrucar.
Nem aquelas sábias palavras, ignorar!

Ele estava completamente certo.
Eu via o seu pensamento totalmente reto!
Plenamente coerente,
Convincente!
Tranquilo e feliz,
Como é o texto de quem sabe o que diz.

Então numa catarse vibracional,
Os dois fundiram-se!
Suas auras uniram-se!
Alegremente!
Suavemente!
Em um parto emocional!

Nada sobrou dos dois!
O que se viu depois,
Foi o nascimento do poeta,
Com seus versos em forma de seta,
Apontando para o derradeiro palco,
Lá no alto!



Vídeo indicado: 

http://www.youtube.com/watch?v=ERjkgbfrtw8&playnext=1&list=PL36E58F67016F60A6&index=17
Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 12/01/2011
Reeditado em 12/01/2011
Código do texto: T2724066