Manhã indecisa,
Não sabe se cinza,
Ou azul!
Colocou-se nas mãos do amigo vento,
Que, sem qualquer constrangimento,
Varre tudo em direção ao sul.
 
Durante esse embate algumas nuvens assanhadas,
Ligeiramente desavergonhadas,
Ao sol correram a se oferecer...
Queriam mesmo era aparecer!
O sol, galanteador, banhou-as em rosa,
De uma pureza, escandalosamente... Deliciosa!
 
A essa altura, o azul já se sentia mais empolgado.
O cinza debatia-se desnorteado,
Sob o convincente argumento
Do seu parceiro de cena, o vento!
Obviamente, tudo de uma plasticidade,
De desnortear a sensibilidade!
 
Espera-se, claro, que o azul vença.
Que seja calmo, o final da sentença.
Que o maestro rapidamente, se convença,
Que essa força imensa,
Que ousa se manifestar
Em direção ao claro,
Com seu estilo raro...
Vai dar o que falar!
 
A vitória azulada
É mais que esperada:
É merecida!
Afinal, que subida!
A positividade do dia
Aguarda para espalhar sua harmonia...
...Sua alegria,
Que contagia!
 
A serra já optou.
Já se azulou!
Mesclou-se com o verde,
Uma perfeição que chega a dar sede!
Já não tenho mais como agradecer
A abençoada oportunidade de viver
Exatamente nesse lugar,
Com sua beleza de tirar o ar!
 
Seria um estúpido se não percebesse,
Um energúmeno se não escrevesse!!
 
 
 
Vídeo indicado:
 
http://www.youtube.com/watch?v=W8WuzRSAfEE&feature=fvw
Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 09/01/2011
Reeditado em 09/01/2011
Código do texto: T2718090