Margens

Eu crio

Eu rio

Eu chio

Transformo

Modifico

Adapto

Aparo arestas

Capino margens

Tenho liberdade

Pra voar

Pra mudar

Pra ser outro

Pra ser todos

Sem deixar de ser eu

Eu estimo

Eu limo

Eu primo

Sou teu primo

Teu navio clandestino

E Lapido o que é possível

Usino a esperança no torno mais fino

Volto há ser menino

Por que vôo – deslizo

Sinto-me livre

Quando penso

No que posso

Quando imagino

Teu sorriso...

Sei lá...

Mundo fica as avessas

Cadeiras, ventiladores

Badalos de sino

Viro um franco atirador

Viro um anjo, Viro Maquiavel

Mahatma ghandi

Ou seu assassino

Transformo-me

Formo-me

Escandalizo

Faço-te libélula,

Lisbela,

Atiço-te a libido

Sou teu desatino

Sou teu prisioneiro

Sou teu pensamento

Sou teu desastre

Tua arte...

E agora

Já se faz tarde

Já faço parte

Até mesmo do seu destino.

Mathias Moreno
Enviado por Mathias Moreno em 30/12/2010
Código do texto: T2699194