Tento sempre não evidenciar
A intensidade com que vivo,
Assim à toa, em praça pública.
Minha preocupação única,
É não ser compreendido,
Ou indevidamente interpretado,
Precipitadamente julgado...
Por isso gosto de me aquietar
Nas malhas do cotidiano,
Quietinho em meu canto.
Quando chamado,
Se solicitado,
Aí sim, abro minha boca,
Ainda assim, com uma atenção louca,
Para não me empolgar
E desandar a entregar...
Demorei muito para entender
A particularidade da minha visão...
Dificilmente posso, totalmente, me estender...
Devido à peculiaridade da minha geral concepção!
Um dos fatores duros de engolir,
Que muitos não conseguem digerir,
É, exatamente, a intensidade da minha existência,
Que me obrigou a um aprofundamento da consciência,
Para tentar assimilar o que se passa comigo.
De onde vem tudo isso que sinto...
Qual a razão de eu pensar dessa forma?
Quem deu ordem para eu escrever minhas normas?
Como é que eu posso ser tão fraco, sendo tão forte?
Como é que posso sofrer tanto, tendo tanta sorte?
Confesso que boa parte dessas respostas,
Só as tenho em rascunho,
Embora escritas com a honestidade de um cicatrizado punho...
Minhas explicações há muito, foram depostas...
Perderam a validade,
Com a chegada da quase maturidade...
Não preciso mais decifrar
A composição holística do ar...
Quero mesmo é ter tranquilidade,
Para viver
E perceber!
Depois deixar fluir a criatividade
E escrever,
Escrever,
Escrever...!
Vídeo indicado:
http://www.youtube.com/watch?v=9efoujSnccs&feature=related