(Fotos produzidas por Sócrates Di Lima)

TARDE DE NATAL
(Sócrates Di Lima)
 
O silêncio canta em minha alma,
A tarde se deita numa sutil revoada.,
Nos gorjeios de pássaros que fazem à calma,
Entre o verde mata que colore a saudade da amada.
 
Em sinfonia alegre pássaros entoam.,
Fazem a alma tranqüila em tons que renovam.,
O coração que canta a saudade como aves que povoam,
As imagens que os olhos se encantam.
 
O Sol se levanta e se agiganta no seu amarelo ouro,
E ao final, em silêncio se deita nos braços da tarde.,
Como se um imenso tesouro,
Guardado no caldeirão da saudade.
 
E quando a brisa chega movendo folhas,
Roça minha face na serenidade plena.,
Ela chega suave como sabão em bolhas,
Na doçura de uma tarde de natal, amena.
 
É a saudade de Basilissa que me toma,
Me pega e revira minhas vontades.,
Como flores em cores fortes retoma,
A estação em plena vigorosidade.
 
A distante dos seus olhos meu coração reclama,
Mexe, remexe dentro do peito.,
Grita e sacode a saudade que a chama,
Mas a saudade rosna e não tem jeito.
 
Ah! Querida flor no seu roxo vermelho,
Que dou o nome de Basilissa.,
Faz minha tarde distante refleti-la no espelho,
Em reflexos dos seus olhos em águas que me enfeitiça.
 
Não há como esquecê-la um só minuto,
As lembranças e o amor não me deixam sozinho.,
Abro as porteiras da minha vida num ato astuto,
E nas asas da saudade ela chega e toma meu caminho. 
 
Segue-me a chuva em minhas iris molhadas.,
A saudade como um presente prazeroso sem igual.,
Seguindo a Lua sem ruas e calçadas.,
Nesta tarde verde e azul do meu natal.
 
(Sitio São Luiz-Patrocínio Paulista-SP., 25 de dezembro de 2010 – Registrada)
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 26/12/2010
Reeditado em 10/01/2011
Código do texto: T2692814
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