IDÉIA DE SER POESIA








Quero arrancar
a lira
e a flauta
da inocente sensação
que a argila tem
de ser pedra polida

da água
que banha a pele
do vestido azul
que enfeita o corpo
da louça que orna o quarto
do paralelepípedo o desmembramento

e do ocaso
sorver o meu segredo
e tudo sejam uma vala e gás
do contentamento

reunir tudo
em epidemia
e na lápide do tempo
depositar a minha poesia
em imortal acolhimento

ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 22/12/2010
Código do texto: T2685581
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