CONTAGIANTE
Fico contorcendo-me, espremendo-me
Para que de mim seja extraída nem que seja
A última gota de vida, de poesia, de cor,
De alegria, às vezes sinto-me mergulhada em
Tanta tristeza que até esqueço a beleza
Da vida que Deus fez para mim.
Como posso ter olhos tristes diante de flores
Que sorriem?
Vendo borboletas num balé tão lindo a passearem?
E os pássaros então?
Cantando onde estão, seja inverno
Ou verão.
As pessoas que encontro na rua, dizem: “Bom Dia”!
Elas não sabem se para mim é um dia triste
Ou feliz, mas desejam o que tem de melhor,
E por que então eu não sorriria?
Tenho muitos motivos para que a minha tristeza seja maior,
Mas tenho muito mais motivos para que minha
Alegria crie raízes e contagie as pessoas
Assim como fui contagiada
Pelas flores, borboletas, cores, pássaros,
Pessoas e tudo o mais que Deus mandou
Para mim.