OLHAR PERDIDO
(Sócrates Di Lima)
Na linha do horizonte,
Uma cor cobre.,
O poente faz a ponte,
Para um horizonte nobre.
Há tantas cores misturadas,
Que não identifico uma,
Senão as dúbias rajadas,
Sem cor alguma.
Debruçado á janela,
Os olhos veem cores mil,
Com pincéis nos olhos, a aquarela,
Faltando em síntese, a cor anil.
E o céu foi chamado,
Para se abrir no horizonte.,
Azul e branco, o tom misturado,
Para o cobre, a cor fonte.
Na ilusão do olhar perdido,
A miragem de Basilissa no meu dia.,
Lá no horizonte no céu aquecido,
Lapsos da imagem dela, minha poesia..
Então, nada mais vejo,
Senão a cor devassa do azul na minha visão,
Cobrindo a saudade, intenso lampejo,
Da cor azul que pinta o coração.