Ano Novo

É o fim de uma etapa

Bem vivida, ou mal vivida,

É um ano que se encerra,

Roubado de nossa vida...

É começo de saudade,

Fim de muita tristeza,

E o eterno esperar,

Esperando quem não vem...

Esperar como menino,

Brincando na enxurrada,

Soltar barcos de papel,

Sem saber qual o destino.

Um destino tão incerto,

Obscuro, sem futuro,

Futuro que logo morre,

De presente, vira passado...

Do passado, da infância,

Fase doce, tão querida,

Talvez o melhor momento,

Vivido em nossa vida...

Da pureza e inocência,

De crer em Bicho-Papão,

Sonhar com Papai Noel

E falar com as estrelas.

De esperar o Domingo,

A volta do pai cansado,

As quermesses, parques,

Circos;

Fantasias tão distante,

Todas elas tão reais,

Que parecia verdade,

As histórias da vovó,

Contadas junto ao pomar...

O que a vida nos leva

Dos tempos de nossa infância

É a eterna esperança

De crer em outro amanhã...

De esperar o pai cansado,

De esperar o domingo...

O que a infância nos leva

É a vontade de viver,

Viver o ano que chega,

Como em tempo de criança...

Em todo caso, esperemos,

Como esperar o alvorecer,

Com muita fé e firmeza,

O ano que vai nascer!

( Do Livro Diagnóstico)

Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 13/12/2010
Reeditado em 15/12/2010
Código do texto: T2669256
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.