Sem saber de mim saí sem rumo,
Entrei na rua da desconfiança iludido.
Ao longe avistei o bar da amargura,
Entrei decidido embriagar-me.
Pedi uma dose dupla de ódio,
E num só gole fiz estremecer a alma.
Sem pensar,
Pedi uma dose de ilusão.
Num só trago deixou-me vacilante,
Pronto prá outra dose.
Pedi algo mais forte,
Uma dose de morte.
Engoli sem pestanejar,
E senti minha lucidez jogada no lixo.
Saí cambaleante sem saber onde estava,
vi um vulto de algo humano.
Caí várias vezes pelo caminho,
E na rua da solidão adormeci.
De repente acordei ,
Me vi na rua da esperança.
Quando alguém gritou:
Hei moço!Quer ajuda?
Não conseguia falar.
Só dei por mim quando alguém me puxou,
E me disse que era meu amigo.
Me enchi de esperança,
Quando me guiou até a rua do perdão.
Sentamos na praça da felicidade,
E me embriagou de amor.
Não o conhecia,
Até aquele instante.
Quando baixinho me disse o seu nome:
Eu sou Jesus Cristo o seu melhor amigo.
Coloquei a cabeça entre as mãos,
Chorando pelo amigo esquecido;
E por minha falta de fé.
Não sei como, ele desapareceu;
Mas continuava ouvindo sua voz.
Meu amigo sempre me dizendo,
Deixe-me cuidar de ti.
Nunca te abandonarei,
Mesmo que me abandones.
Sou teu amigo fiel,
E sempre estarei contigo.
Decidi também não abandoná-lo,
E agora me torno cada vez mais feliz.