Delírio de Pincel



Quando o pássaro abre as asas,

- Como se quisesse abraçar todas as casas -,

Respira fundo,

Pedindo o consentimento do mundo,

Absorvendo a harmonia

De sua magia,

Totalmente centrado,

Irremediavelmente determinado,

Ele assume os riscos

De seu destino.



Aceita a própria sina.

Diz, formalmente, - Sim -, para a vida.

Entrega-se ao mistério,

Que sustém seu império.

Realiza os oráculos,

Em um dos mais belos espetáculos!

...Entrega-se ao mergulho,

Rumo ao céu,

De seu ser mais profundo.

- Delírio de pincel –!



Dá as mãos ao Universo,

Transformando-se em versos...

Tridimensionais,

Multidimensionais!

Prova o sabor da verdadeira realização,

Da plenitude!

Expande suas latitudes...

Espelha a Criação,

Na mais doce manifestação:

Uma espetacular canção!



Cuja melodia

Evoca liberdade,

Sinceridade,

Alguma utopia...

Emana afeição

Que se transforma em sementes,

Para futuras mentes

E fecundam o chão.

Transmutam todo o sofrimento,

Nos mais altos sentimentos.







Vídeo indicado:



http://www.youtube.com/watch?v=Rn21OaOd80E&feature=related
Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 10/12/2010
Código do texto: T2664218