madrugada amiga

quando ainda as folhas não tiverem nascido

quando não tiveres ainda consumido o sono

quando pensares que estás ao abandono

ou no refúgio da alta madrugada

e que ali não é preciso pensar em nada

porque o pensamento vem solto, como o que voa

quando não fizer mal algum estar à toa

quando parece que nada destoa

quando a possibilidade de conversar contigo mesmo

parece que não se esgota,

mas que nem é tão necessária assim

quando achares que a sensação de calma

afugenta a de infortúnio

quando achares em fim que é o plenilúnio

aí, sim, aí poderás ter a impressão de que

finalmente estás passando bem...

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 06/12/2010
Reeditado em 14/12/2010
Código do texto: T2655597
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