UM POETA, UM REGATO

Somente um leve ruído, no meio do mato,
são só os sons, de um solitário regato,
que inicia sua jornada, aqui nessa clareira...

Te olhando, com ternura, pequeno riozinho,
que lava e refresca meu rosto, com carinho,
também será em breve, uma bonita cachoeira...

Falar com um rio, coisa rara?
Ele vai conhecer Iara,
quando sair da cabeceira...

Viajará muito, durante a noite e o dia,
leve contigo, por onde passar, minha poesia,
leve como fundo musical, minha canção...

Como e lei da natureza, enfrentará a norma,
sei que daqui a alguns quilometros, se transforma,
num bonito, límpido, cheio de vida, num ribeirão...

Para onde quer que rume,
vai te seguir o cardume,
seja qual for a direção...

Meu pequeno regato, para onde quer que siga,
levará em sua longa jornada, uma cantiga,
que seguirá com voce, desde sua nascente.

Pode enviar ao céu, em cada segundo,
o poema que vai ouvir, aqui no fim do mundo,
será a música de sua melodiosa corrente...

Siga, ouvindo meu cantar,
rume feliz, rume para o mar,
esqueça o poeta, que mora no poente...

Por lindas paisagens, e belas cataratas,
em seu caminho, verá verdejantes matas,
sei que estará noite e dia a caminhar...

Vai embora, meu tão límpido riozinho,
por onde passar, vá esparramando carinho,
também estará te olhando, a lua e o luar...

Ouvirá o pássaro que gorgeia,
verá um dia, a beleza da sereia,
se pudesse iria, com voce viajar...
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 19/11/2010
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