Alento de um poeta
Sou alguém que escreve a vida,
Não gosto de coisas banais.
Minha mensagem não é esquecida,
É o coração dos imortais.
Meu verso é amor e sofrimento,
É a lágrima que brota e cai.
Com estrelas no firmamento,
Como a onda que vem e vai.
Abro as comportas das águas,
Chamo o vento de solidão.
Não sinto dor nem mágoas,
Apenas o impulso do coração.
O amor é minha fraqueza,
O sofrimento é paixão.
A poesia é minha riqueza,
Com ela não perco a razão.
Sou rua, sou praça
Onde a loira sorria.
Seu olhar me abraça
De noite e de dia.
Sonho com as serenatas
Nas noites enluaradas.
Sou o orvalho das matas
Onde canta a passarada.