Bendita Seja

O sol entrando pela janela,

Com sua irradiação amarela,

Sala branca,

Tanta...

Vazia,

Mas, sem melancolia...

A um canto, sacos de cimento empilhados,

Que, pela bicicleta, pensam-se disfarçados,

Acolhidos,

Mas esquecidos...

Porta larga, entreaberta;

Da cozinha, visão direta!

Bem no meio do sol entrando,

Uma gata branca singelamente se esquentando.

Seus olhos verdes, a mim, atentos!

Lá na frente, do lado de fora, mas não menos atentos,

Outros dois olhos verdes de outra gata, tigrada!

Da inspiração, uma flechada!

Que cena bonita!

Bendita seja a Vida!

Espanto-me com tanta beleza,

Tanta delicadeza!

Quanta habilidade,

Para com a sensibilidade!

Que privilégio estar aqui nesse momento,

Transbordando sentimentos...

Todos caros

E muito, muito claros!

A pele arrepiada,

Atesta a alma enlevada...

A vista embriagada!

Mas, que manhã mais ensolarada...

Impossível não se curvar!

É obrigatório reverenciar,

Agradecer

E escrever!

Vídeo lindíssimo sugerido:

http://www.youtube.com/watch?v=kLu-hL0lYjY

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 16/11/2010
Código do texto: T2618168