ENLEVADOS ANOS
Galgados anos: ilhas
e ancoradouros.
o mar ruge
os dentes – e tudo pressente
a minha boca e minha nudez
– o sol traduz.
bebi na taça
do amor – serei então luz.
arrulhos cios desnorteiam
as minhas asas no espelho.
tua língua ascende
o meu corpo inteiro,
que já se madruga em passos.
o meu alimento
é a tua concha, e o teu
é a minha torre de aço.
estrelas desabam e
pincelam o meu corpo
inteiro- acima do gesto
o raio do desejo-lampejo.
e quando a primavera
chegar: serei mel.
Deuses alguns
restarão sobre
o teu largo chão.
somente eu
urdidura, sangue e sal
singrando o teu suntuoso CÉU.
Galgados anos: ilhas
e ancoradouros.
o mar ruge
os dentes – e tudo pressente
a minha boca e minha nudez
– o sol traduz.
bebi na taça
do amor – serei então luz.
arrulhos cios desnorteiam
as minhas asas no espelho.
tua língua ascende
o meu corpo inteiro,
que já se madruga em passos.
o meu alimento
é a tua concha, e o teu
é a minha torre de aço.
estrelas desabam e
pincelam o meu corpo
inteiro- acima do gesto
o raio do desejo-lampejo.
e quando a primavera
chegar: serei mel.
Deuses alguns
restarão sobre
o teu largo chão.
somente eu
urdidura, sangue e sal
singrando o teu suntuoso CÉU.