Hoje de manhã.
Tentei me ajeitar na sombra
o solão pelou a ponta dos dedos
me encolhi no cantinho
cortei a leda
antes um instante
de bater a baianidade gostosa
uma brisa do brejo
preguiçosamente escorado na parede
sentado na calçada gelada
pitando um verde
sorrindo pros ares
que habitam o sul da quebrada
paz de forma inesperada
bem ali
cravado na casa
de quem nem sei
quem é
todo mundo
que chega lá quer
eu não poderia ser diferente
salve salve
a preza decente.